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AS PALAVRAS QUE NÃO SE CONTAM


A timidez obrigava-me a esconder as palavras escritas, os poemas arrojados pelos amores que falhados na imaginação ganhavam o dinamismo que a minha vida morna parecía não possuír. As raparigas vinham e íam, aquela porém, a minha princesa mantinha o estatuto de amiga especial e não ía além disso. Com o meu outro amigo formávamos um trio, confiavamo-nos como a nós mesmos, mas eu, profundamente apaixonado, escondía deles o que me atormentava e enchía de felicidade. Era nesses pontos extremados que melhor escrevía, uma produção desenfreada pelas emoções que durante o dia calcava fundo e no papel era tudo tão mais fácil. Eu formulava as perguntas e fornecía as respostas. Como se as soubesse desde sempre, como se algo na minha mente as revelasse limpídas. Mas nesse tempo eu não podería saber o que já sabía, não é?

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