Aos vinte temos uma capacidade monumental de achar que onde pisamos é nosso. Porém, não me detinha nos sitios onde passava quase de raspão. Havía uma permanente ansiedade, o meu nome a ser gritado ao longe a chamar-me para onde não estava. Era quase feliz ao chegar, inquietava-me rápido a partida. Agora e só agora, compreendo que as experiências passadas me avisavam e de quando em vez surgíam clarões na minha memória e não os entendendo, escrevía sobre eles, apelidava-os de ficção, inspiração, arte. Larguei a poética, dediquei-me fervorosamente a um diário de viagens e de pessoas. O narrador era o meu amigo imaginário. Era assim que se conquistava o crescimento, com dores nos pés, com saudades na alma, com perguntas mudas como estaría ela, que faría ela naquele instante em que eu de mão na água agitava o mar em círculos pequenos, esperançado que ela os visse no sinuoso do rio do outro lado do mundo.
6 memórias:
No outro lado do mundo ela vive na mesma esperança e envia os mesmos sinais mas a agitação das águas, indiferente, apaga-os.
e de degrau em degrau vamos subindo a escada da vida e um dia percebemos ter estado sempre a descer.
A escada sem corrimão que é a vida é para subir com cautela mas com ousadia. Um belo texto.
Beijos.
Subir ou descer é apenas uma aparência...devemos continuar a sorrir e aproveitar bem a descida.
:)
Beijinhos
... com dores nos pés. e estrelas no olhar.
gostei do texto
abraços
Do outro lado do mundo
talvez ela recolha a ondulação
a detenha num lugar profundo
onde mora um coração.
...e subindo o escorrega de criança
no descer vai sabor que tanto dança!
Gostei destes degraus!
Beijinho
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