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PARTIR


Fiz-me ao mundo. Ou talvez o mundo tivesse algures o coração que eu deixava para trás, para outro e também o outro que de mim se descolava como uma pele morta. Por agora não quería saber de palavras, de poemas e nem mesmo do meu amigo imaginário. Eu era demasiado novo para saber que o passado não se larga e guarda para quando apetecer voltarmos a ele. Outros apelos, outros sonhos chamavam pela recordação do que eu desconhecía ser coisa já vivida e ingénuo enganava-me na partida pelo achamento de respostas àquilo que era. Partía de um amor perdido, de mim e das perguntas que não conseguía suster. À despedida o cão olhou-me, pareceu-me vê-lo chorar.

5 memórias:

burro disse...

as memórias que guardo, mesmo as felizes, são tristes por já passadas.


choram os cães quando partimos. choramos nós mais vezes pois partem geralmente antes de nós....


nunca devemos amar princesas. nem santiagos, mesmo que sejam cães.




raúl perez, dos raros que gostei na actual exposição de surrealistas na cordoaria...

marina disse...

Que delícia, termos algumas doces memórias!...

Maria P. disse...

Estive a deliciar-me nestas palavras, que Súbita Mente encantam...

Que delícia!

Beijos*

Teresa Durães disse...

por vezes é mesmo ncessário ir para se poder regressar e entender

jorge esteves disse...

Por isso lhe chamam... mundo cão!


abraço!