Armazenamos informações nos mesmos recipientes da dor, emoção, medo, alegria. Atiramos com tudo cá para dentro e deixamos processar ao ritmo da necessidade do uso. Por isso quando a saudade chamou achei-me incapaz de saber o que era. Naquele tempo, claro. A dor no peito, o regurgitar contínuo de sons e paladares, uma inevitável comparação entre a casa deixada e a vivência ao tempo. Que perdera eu que me deixava tão angustiado e perdido da realidade e que me dava conforto na pouca de tristeza que por vezes me inundava? Tentava lembrar-me à força de coisas que não experimentara. Achava eu, claro. Que o caminho feito já havía sido palmilhado, noutro tempo, noutras léguas. Soberana, a memória suspirou saudades e regressei a casa, contente como me sentira em menino.
6 memórias:
eu esqueço. esqueço muito.
Soberana esta "saudades".
Recordam as memórias súbita mente em mim...
Beijinho*
O recipiente das emoções
são os nossos corações...
quando se descobre saudade
a tristeza chega de verdade...
e num caminho de menino, ela canta
a memória do tempo,perfuma e encanta!
Beijinhos
Um belo texto sobre as saudades da infância...
Obrigada pela visita ao meu "Ortografia". Visitarei mais vezes este espaço.
Um abraço.
Que bom que é sentirmos emoções adultas com coração de criança.
:)
Pormenores de uma infância distante em forma de cavalinhos de madeira...
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