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SAUDADES


Armazenamos informações nos mesmos recipientes da dor, emoção, medo, alegria. Atiramos com tudo cá para dentro e deixamos processar ao ritmo da necessidade do uso. Por isso quando a saudade chamou achei-me incapaz de saber o que era. Naquele tempo, claro. A dor no peito, o regurgitar contínuo de sons e paladares, uma inevitável comparação entre a casa deixada e a vivência ao tempo. Que perdera eu que me deixava tão angustiado e perdido da realidade e que me dava conforto na pouca de tristeza que por vezes me inundava? Tentava lembrar-me à força de coisas que não experimentara. Achava eu, claro. Que o caminho feito já havía sido palmilhado, noutro tempo, noutras léguas. Soberana, a memória suspirou saudades e regressei a casa, contente como me sentira em menino.

6 memórias:

o Reverso disse...

eu esqueço. esqueço muito.

Maria P. disse...

Soberana esta "saudades".
Recordam as memórias súbita mente em mim...

Beijinho*

Baila sem peso disse...

O recipiente das emoções
são os nossos corações...
quando se descobre saudade
a tristeza chega de verdade...

e num caminho de menino, ela canta
a memória do tempo,perfuma e encanta!

Beijinhos

Graça Pires disse...

Um belo texto sobre as saudades da infância...
Obrigada pela visita ao meu "Ortografia". Visitarei mais vezes este espaço.
Um abraço.

Marina disse...

Que bom que é sentirmos emoções adultas com coração de criança.

:)

marina disse...

Pormenores de uma infância distante em forma de cavalinhos de madeira...