É estranho estarmos rodeados de um ambiente que conhecemos mas que de alguma forma parece não se ajustar às nossas necessidades. Como uma roupa demasiado folgada ou que tenha encolhido por termos crescido. A casa de meus pais significava a protecção, o ninho, mas também a corrente que me prendía a hábitos dos quais perdera a noção. Alimentar, dormir, sorrir perante outros parecíam-me conceitos abstractos que esquecera enquanto vivera sózinho. Todo o ritual da sociedade me escravizava e me tirava a identidade que eu buscava na escrita. Pedíam-me responsabilidade, um emprego das 9h às 5h, familia, herdeiros e eu só quería saber porque me sentía sempre um perdedor sem saber do quê. E quanto mais pensava menos me lembrava.
4 memórias:
se não lembramos é porque não é importante...
identi-fico.
clara-mente,
[ bem-vindo a passages!
~
Tudo é estranho na Vida
se fizermos comparações
só a memória que nos é servida
é identidade dos nossos corações
(nada parece que é o quê
e também a fé não tem um porquê)
Beijinho
não sei,identidade sem identidade?!...
Beijinho*
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