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FRAGMENTOS



Aquilo que adoece o corpo já primeiro deixou enferma a alma. Sem alento, sem perguntas para a missão que eu achava não ter mais razão de existir, eu deixava de existir. O meu mundo parecía estar completo, nada da minha intervenção podería dignificá-lo, transformá-lo, ensinar que de mim houvera herança. Aos poucos desliguei-me, afastei-me do continente e tornei-me ilha, barbarizei-me pelas noites de vicio, procurava a dor para me castigar como incapaz, procurava semelhantes para justificar a minha cobardia de viver. A mulher ao meu lado chamava-me, pedía, e um dia disse-me ter perdido a voz. Não me importei, não implorei, a sua partida era a certeza de que eu nada merecía.

3 memórias:

Baila sem peso disse...

E na ilha continuavas a ouvir a voz
mesmo aquela tão muda...a sonhavas!
Era uma partida tão sem sentido
como sem sentido era o que pensavas
Merecer...tão incerto esse dizer!...
E o corpo fica doente
Se é alma que sente...
nada nos importa
e fechamos a porta...
errado!...
é um acto amargurado
que precisa ser contrariado...
Haja a força interior
que se entenda por muito amor...

Um fim de semana de volta ao continente...lá existe gente :)
Beijinhos de quem na ilha o sente :)

jorge esteves disse...

'Nada de gritardes que quereis morrer; a Vida encarrega-se disso constantemente'
Reflexivamente...

abraço!

MagyMay disse...

Talvez por me revêr no texto, acho estes teus fragmentos, o VIVER
Erros, dúvidas, auto-barbaries, perdas, são portas neste labirinto da vida...emperra, fecha, abre...